Dizem que é comida de orixá, como quase toda comida baiana. Cheguei a
dar uma fuçada pela internet para saber a quem pertencia o xinxim, mas só
encontrei controvérsias: Oxum, Iansã, Pomba-gira, Oxossi Akeran. Deixa pra lá.
Uma hora descubro. O importante é que é fácil de fazer, barato e delicioso.
Não me lembrava de ter comido antes; a memória mais viva que tenho do
Xinxim de Galinha é de um episódio dos Trapalhões no qual o Didi faz o papel de
um garçom e, quando o cliente do restaurante pede o Xinxim, ele traz uma
galinha sentada num pinico e diz: “A galinha tá aqui. Agora o xixi, tem que
esperar um pouco.”
A idéia de fazer um Xinxim surgiu do pedido de uma amiga que, apesar de
mineira, costumava comer esse prato, preparado por uma baiana que morava em sua
cidade. E foi realmente uma ótima idéia: um prato de lamber os beiços, de dar
calor e muita vontade de cair numa rede logo depois.
Então, se quiser fazer esse prato que só é “light”na amarelidão do
dendê, anota aí a receita:
1,5 kg de frango cortado em pedaços ( eu usei coxas, sobrecoxas e
peitos)
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02 cebolas médias
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06 dentes de alho picados
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01 vidro pequeno de azeite de dendê
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100g de amendoim torrado e sem casca
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100g de castanha de caju
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01 maço de coentro
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01 copo de cachaça
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01 vidro pequeno de leite de coco
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Sal
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Folhas de louro
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Pimenta-do-reino
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Modo de fazer:
Pique ou amasse todo o alho e esfregue o alho com o sal nos pedaços de
frango, deixando descansar por 3- a 60 minutos.
Num liquidificador, bata as cebolas, o amendoim, a castanha, o coentro
e o leite de coco até formar uma massa homogênea.
Feito isso, aqueça o azeite-de-dendê e, quando estiver borbulhando,
frite os pedaços de frango até ficarem cozidos e dourados. Acrescente a mistura
do liquidificador na panela e vá misturando com cuidado. Acrescente as folhas
de louro, a pimenta-do-reino e a cachaça, mantendo em fogo de médio a baixo,
por cerca de 30 minutos.
Sirva com arroz branco e farinha de mandioca baiana cozida no dendê.
Para quem gosta de coentro, pode deixar também uns galhos frescos para jogar
por cima do prato.
E para beber, acho que tem que ser cerveja mesmo. Pra mim, comida
baiana é assim: cai muito bem com uma cerveja bem gelada.
E um bom apetite!